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domingo, 30 de janeiro de 2011

Furar ou não furar filas?

Hoje fui ao teatro. Quando cheguei lá, a fila já se fazia grande. Como sempre (desde que cresci) me direcionei ao final da fila, porém, no meio do caminho encontrei um amigo. Enquanto o cumprimentava, o final de fila ia aumentando e isto me incomodava. Só que eu não tinha percebido uma coisa... O amigo que eu cumprimentava também ficava incomodado. E era comigo! Pensava ele que eu queria furar fila usando-o. Este incômodo dele causou mais um incômodo em mim. Mas enfim, toquei para o final da fila e pronto.

Pouco tempo depois, a fila que continuou atrás de mim ficou maior ainda, porém, a fila a minha frente também... A furação era gritante. O que fazer? Rodar a baiana? Já fiz isto alguma vezes e vou te falar... Não compensa! Você fala o que todo o resto da fila quer falar, faz o que todo o resto da fila quer fazer, mas ninguém te dá apoio. Ficam mudos. Culpa deles? Não... O resto da fila não tem culpa (embora eu pense que falta cidadania a eles...).

A furação de fila faz parte da cultura do "jeitinho" brasileiro. Não há como ir contra. Pelo menos de maneira imediata. Sendo assim, vejo somente duas soluções para a furação de filas:

Uma: fazer um trabalho longo de mais de 10 anos de conscientização sobre cidadania.
Outra: criar uma nova ocupação - o fiscal de filas.

Acredito mais na segunda opção. A furação de fila só irá acabar quando criarem os fiscais de fila, pois brasileiro tem medo ou vergonha de exigir seus direitos. Um fiscal de fila poderia fazer esta função e agradar a maioria das pessoas. Talvez, com o passar do tempo, as pessoas aprenderiam, na marra, que não se deve furar filas e, assim, o fiscal de filas deixaria de existir.

É... São só ideias para acabar com uma encheção de saco.



HUGO PEZATTI não é furador de filas.
contato: hugopezatti@hotmail.com