Vinicius Munhoz é vocalista da banda JOHNNIE ROCK de São José do Rio Preto.-SP Ela é famosa por fazer cover de Barão Vermelho, banda de Cazuza e Frejat.
Hugo Pezatti (Rádio Canalha). O nome é “atraente”... De onde veio o nome da banda?
Vinicius Munhoz. O nome veio do whisky [risos]. Todo show a gente bebia uma garrafa e a guardava. Daí o nome.
HP. E quanto tempo tem a banda?
VM. Três anos.
HP. O que sente quando interpreta o Cazuza? É muito diferente de quando interpreta o Frejat?
VM. É diferente. O Cazuza é mais revolta.
HP. E o Frejat?
VM. É mais direto. Frejat é mais profissional, romântico... Diferente. O Cazuza, mesmo querendo ser romântico, é um protesto. Um cusparada na cara, saca?
HP. Saquei. Pelo visto é mais fã do Cazuza do que do Frejat... Certo?
VM. Acho que o Frejat, como integrante da banda, é um melhor integrante. O Cazuza era difícil; ele era gênio; só que um completa o outro.
HP. O Frejat não aprovou o filme. Disse que não foi bem daquela maneira. Você concorda com Frejat? Onde o filme errou?
VM. É um filme parcial. Nele pinta um Frejat que é careta e que corta o Cazuza, mas na verdade todo mundo era doidão. O fato é que com o tempo, uma banda vira compromisso e o Cazuza nunca entendeu essa coisa de comprometimento. Ele queria mesmo é curtir. Daí as divergências.
HP. E a parcialidade do filme se volta para que lado?
VM. Para o lado de imortalizar o Cazuza. Não que ele não mereça... Mas falando a verdade, ele [por si só já] seria eterno.
HP. E sobre a separação do Barão Vermelho. O que é mito, o que é verdade?
VM. Houve briga sim. Só que como ele [Cazuza] ficou doente, tudo meio que foi relevado. E como o Frejat conseguiu dar sequencia ao trabalho sem ele, ficou tudo blue, a partir do “supermercado da vida” [risos].
HP. Voltando a falar da Johnnie Rock... Como é o ritmo de ensaio da banda? Semanal? De vez enquando?
VM. Uma vez por semana. Sempre que podemos, temos churrasco [risos].
HP. Vai ser papai ou é lenda?
VM. [risos]. Já está de seis meses. Verdade.
HP. O filho ou a barriga?
VM. [risos]. A barriga.
HP. Menino ou menina? Nome?
VM. Ainda não sei. Só sexta[-feira. Dia 17 de setembro, 2010]. Se for menino, se chamará Benício. Se for garota, Valentina.
HP. Ser papai afetará a sua carreira de músico?
VM. Não. Será inspiração.
HP. Lançaram um Extend Play (EP). Fale um pouco sobre ele.
VM. É nosso primeiro contato com nossas influências. Acho que o desafio mesmo era não perder o que nós temos de melhor: o palco.
HP. Como assim?
VM. É tentar transparecer a emoção mesmo. Passar a pegada nas músicas; não fugir do que a gente acha que quer de proposta musical. Só que acho que serviu muito como aprendizado musical. Muito legal mesmo. E estamos contentes com o trabalho.
HP. Já tocaram músicas próprias nos shows? Qual a reação da galera?
VM. Já. Em todos os shows depois do lançamento do EP. E a reação foi legal. Tipo... Acho que é uma questão de sorte e suor. Agora vamos partir para um [álbum] com 11 faixas e será para o ano que vem. Pretendemos cair na estrada e sair com um clipe com investimento [nosso] mesmo. Vamos ver...
HP. Algum fato ou show marcante? Por quê?
VM. [risos]. Já tivemos alguns fatos engraçados. Mas teve um em Ribeirão [Preto] recentemente que... Foi foda. Tinha um cara que estava muito louco, gritando “assim” todo fim de música. E quando tocamos Bete [Balanço] ele subiu no palco, pegou o microfone, me abraçou e falou “é um prazer estar aqui com essa personalidade musical do Cazuza”. Ele chorou [risos]. Foi foda!
VM. Espero amadurecer bastante. Não só musicalmente, mas ao vivo no palco também. A gente espera viver disso e ser feliz fazendo o que ama: fazer shows. Acabar um pouco com essa caretice que está a música.
HP. O futuro será os covers ou as próprias?
VM. Tipo... Sempre pensando em próprias. Essa país está muito careta. Tá foda viver nisso!
site da banda:
www.johnnierock.com.br
por HUGO PEZATTI
contato: pronunciarock@yahoo.com.br
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