Lembro até hoje! Cursava lá a minha 2ª série (atual 3º ano do fundamental II) – época do pequeno Tom Cabeleira* – e estava no recreio. Eu era líder de uma ganguezinha da escola (que se chamava OCI – Organização Contra os Inimigos). Estava discursando para a OCI num palanque improvisado (piso mais alto de uma escadinha de cimento) quando um inimigo se aproximou do grupo. Apenas gritei “- Peguem ele!” e a gangue o fez. Porém, não deixei que o socassem (não faz parte da minha índole – é mais fácil eu aceitar apanhar de uma gangue do que aceitar bater com uma gangue). Apenas o adverti verbalmente. Mas não me esqueci disto até hoje. E por quê? Com certeza foi por causa da sensação do poder... Duas palavrinhas bobas mexeram uma “multidão inteira”. Fiquei um pouco assustado e dissolvi a gangue depois (claro, não com essa consciência toda), afinal, senti algo errado.
Eu estranhei o poder.
Enquanto todos da OCI se dispunham a ouvir o que eu tinha a dizer, beleza. Mas, quando ordenei uma ação, e todos a fizeram, me senti mal...
* http://radiocanalha.blogspot.com/2010/11/tom-cabeleira-o-pequen-grande.html
por HUGO PEZATTI
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